Junto com outras 10 equipes do Brasil, a equipe Agrobot, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) Mato Grosso, fez história ao representar o Brasil no Mundial de Robótica, FIRST Championship, que ocorreu de 19 a 22 de abril, em Houston, Estados Unidos. A equipe de Rondonópolis disputou na modalidade FIRST Robotics Competition (FRC) com robôs de até 1.30m e 55kg.

A experiência da novata equipe abre caminho para Mato Grosso no mundo da robótica internacionalmente, estimula novos competidores, embora não tenha ganhado prêmio no torneio mundial. O grupo desembarca em Cuiabá nesta terça-feira (25.04) com sentimento de vitória e desafios superados.

“A equipe competiu com os maiores do mundo, como as equipes patrocinadas pela NASA, entre tantas outras. O time vem crescendo a cada dia e conquistando seu espaço entre os gigantes. A competição proporcionou aos alunos conhecerem as tecnologias utilizadas pelas equipes veteranas, detalhes até então desconhecidos, oportunizando trocas de conhecimento e interação entre equipes acompanhadas por vídeo”, aponta o instrutor Diego Andrade, mentor da equipe mato-grossense.

O time Agrobot iniciou sua jornada em janeiro deste ano, completando 94 dias desde a representação no campeonato nacional. O torneio em Houston reúne anualmente mais de 15 mil competidores de 50 paísess.

Para o aluno João Pedro Pistore, piloto do robô na competição, foi possível perceber que o Senai MT possui a tecnologia avançada e compatível com a escola dos Estados Unidos e a diferença está no tamanho das equipes que auxilia nas estratégias.

“Os recursos como motores, componentes eletrônicos, peças, acessórios que podem nos colocar de igual para igual é o grande diferencial para eles, materiais que não estão disponíveis no Brasil ou que são muito caros. Outro ponto de destaque é que no Brasil nós treinamos cerca de 8 horas por dia enquanto lá eles treinam 4 horas, porém possuem 10 mentores na equipe e cerca de 30 alunos e isso conta muito para o grupo”, aponta.

Brasil entre os melhores do mundo e marcou presença na competição mundial de robótica educacional ao chegar com a maior delegação brasileira, formada por 110 estudantes, e voltar para casa com oito prêmios.  

Entenda a competição 

Das 11 equipes brasileiras, seis competiram na modalidade mais avançada, a FIRST Robotics Competition (FRC); duas na intermediária, a FIRST Tech Challenge (FTC); e três na iniciante, a FIRST LEGO League (FLL), que se divide em Explore e Challenge. Para chegar ao mundial, os estudantes disputaram torneios classificatórios, que, no Brasil, são realizados pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). 

Na FLL, os robôs são feitos de peças de LEGO e os alunos, que têm entre 9 e 16 anos, formam equipes de 2 a 10 integrantes. Na FTC, os times têm até 15 estudantes de ensino médio, que constroem robôs de porte médio, até 19 kg. Já, na FRC, os robôs chegam a 2 metros de altura e 56 kg, e não há máximo de competidores, que também são do ensino médio.